As Críticas

«Esta é a incrível história de Charlotte Usher, brilhante aluna do Liceu Hawthorne, que morre sufocada ao engolir um urso de goma e passa para o outro mundo. Aí conhece uma turma de miúdos zumbis, tão (literalmente) desintegrados como ela: Kim Liga-me, que desfez o cérebro por excesso de exposição ao telemóvel; CoCo, vítima da moda e quase anoréctica; ou DJ, um obcecado por música que se recusou a passar bandas populares na festa de um gangue. Com eles, vive uma existência paralela numa mansão assombrada, antecâmara da eternidade que todos desejam. Mas Charlotte Usher não se conforma com o destino e faz tudo para voltar atrás. Fenómeno recente nos EUA, onde entrou para a lista de best-sellers do New York Times, Ghostgirl é um romance juvenil revelador da imaginação de Tonya Hurley, um nome ligado aos circuitos do cinema independente. Aqui se cruzam o humor negro à la Tim Burton (há alturas em que só nos lembramos de Beetlejuice), a filosofia da auto-ajuda, os conselhos da revista Teen Vogue, citações de Emily Dickinson ou Ian Curtis, e o elenco das bandas góticas/alternativas que começaram nos anos 80. É fácil rendermo-nos à mistura, mas por baixo da embalagem bem composta - é um livro que também se devora com os olhos - há aqui uma moral ubíqua que nos deixa algo incomodados, sobretudo no twist final.»
Revista LER, Fevereiro 2010




«Começando pelo exterior... O livro está realmente bonito, muito bem pensado graficamente, com vários toques de originalidade: desde a capa às pequenas citações e breves reflexões que encontramos no início de cada capítulo. Ou seja, um livro que faz babar quem o recebe como presente!
Quanto à história, e começando do pior para o melhor, alguns pormenores que ficam por explicar (talvez nos próximos livros da saga...), há acontecimentos que parecem ter sido apressados e, este é um ponto de vista muito pessoal, preferia mais tempo passado a conhecer o mundo dos mortos do que na luta pelo amor da sua vida (ou morte...). Por outro lado, no que toca a romance para adolescentes, penso ser um livro irrepreensível! Um enredo cativante, um toque de anti-herói na personagem principal e surpresas em cada capítulo!
Fica a vontade de explorar o mundo de ghostgirl mais a fundo lendo os próximos livros!
Um romance para adolescentes bem acima da média, de fazer brilhar os olhos a quem rasgar o papel de embrulho!»
Blogue Páginas Desfolhadas, 2010




«Ghostgirl – A Rapariga Invisível é a primeira obra da americana Tonya Hurley, estando já publicado na sua versão original, a segunda parte desta série, intitulada Ghostgirl: Homecoming.
Charlotte é uma adolescente triste e solitária que se sente à margem do resto dos miúdos do seu liceu e que no fundo só deseja ser popular e aceite. Quando depois de um Verão de dieta e sacrifícios decide tentar inverter o sentido da sua vida, tentado conquistar Damen, o rapaz de quem gosta, o improvável acontece e ela engasga-se com um ursinho de goma, acabando por morrer. Mas logo descobre que a morte não é o fim, e que a sua aventura apenas está prestes a começar…
Logo que vi a notícia da publicação deste livro fiquei com imensa vontade de o ler, não só pela história em si como pela parte estética do livro. A boneca da capa a lembrar um pouco Emily, The Strange deixou-me curioso. E depois de apenas dois dias, envolvido com a história e as suas personagens só posso dizer que a expectativa foi superada.
Ghostgirl é um livro para adolescentes mas pode também ser apreciado por todos os que gostem de reviver um pouco a sua juventude. Tendo um liceu americano como cenário e todo um leque de personagens distintos, desde cheerleaders a emos, que nos agarram com os seus pequenos dramas. A autora fez uso e com bastante perícia da cultura pop americana de uma forma divertida e por vezes satírica, mostrando-nos que a popularidade não é o mais importante mas sim o que está dentro de cada um de nós.
Não posso deixar de voltar a referir que a estética do livro é fantástica, por vezes fazendo-me recordar o imaginário de Tim Burton. Antes de iniciar cada capítulo existe uma frase célebre e uma ilustração e uma página preta onde a autora faz uma análise dos acontecimentos, dando-nos pequenas lições de moral.
Não encontrei grandes pontos negativos, o livro funciona bem dentro do seu género. Apenas gostava que algumas personagens fossem mais desenvolvidas e que o mundo dos mortos fosse um pouco mais explorado.
Ghostgirl é um livro que se lê de toda uma assentada e que acompanhado por um bom CD de rock se pode tornar um divertimento fantástico para passar um dia. Resta-me apenas esperar sinceramente que a Contraponto publique a sua continuação.»
Diogo Martins, Blogue Bela Lugosi Is Dead, 2010